A histerectomia não é uma opção para a mulher com adenomiose que deseja engravidar!

Muitas mulheres apresentam o diagnóstico de adenomiose, que ocorre quando o tecido endometrial, que normalmente reveste o útero, cresce dentro da parede muscular do útero. Isso pode causar dor pélvica, cólicas menstruais, sangramento uterino excessivo e infertilidade (especialmente perdas gestacionais).

O tratamento hormonal, normalmente com derivados da progesterona, pode ser tentado naquelas mulheres com muitos sintomas e que não estão querendo engravidar no momento. Porém, esses tratamentos podem falhar e alguns médicos acabam indicando a histerectomia, especialmente nos casos mais graves da adenomiose.

Embora a histerectomia possa ser uma opção eficaz para algumas mulheres que não desejam mais ter filhos, é crucial entender que não é uma opção para mulheres com adenomiose que ainda desejam engravidar.

Mesmo após a falha dos tratamentos medicamentosos, existe a possibilidade da cirurgia conservadora para a retirada da adenomiose, mesmo nos casos extensos. A cirurgia envolve a retirada do músculo afetado e rotação de retalhos da musculatura uterina. Há até pouco tempo este tipo de cirurgia só vinha sendo realizada por laparotomia (barriga aberta). Atualmente conseguimos fazer este tipo de cirurgia por via robótica, que permite uma reconstrução delicada e precisa do útero, usando a visão 3D.

Recentemente publicamos na Fertility & Sterility um vídeo totalmente original com a realização de ressecção extensa da adenomiose difusa, com rotação de retalho por via robótica. Esse vídeo foi selecionado como um dos melhores do ano pela Sociedade Coreana de Cirurgia Robótica Ginecológica e será debatido no congresso a ser realizado em outubro deste ano na Coréia do Sul. Fomos convidados a gravar um vídeo especialmente para este congresso, tirando algumas dúvidas dos especialistas e dando algumas dicas de como realizar esta cirurgia de forma mais adequada.

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