Método cirúrgico minimamente invasivo, a videolaparoscopia é uma das técnicas mais empregadas no tratamento da endometriose, sobretudo em pacientes que não tiveram boa resposta à intervenção tradicional, com medicamentos. Segundo a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), atualmente esse procedimento é considerado a principal forma de tratamento da doença.
A cirurgia também é indicada para identificar e eliminar os focos de endometriose, preservando órgãos que podem ser danificados com a progressão da doença e aumentando a chance de a mulher engravidar.
Apesar de pouco invasiva e geralmente com menor duração que a cirurgia convencional, a videolaparoscopia é realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia geral. A alta costuma ser após 24 horas.
Relatos de complicações são pouco frequentes. Grande parte dos problemas decorrentes da cirurgia é provocada pela falta de repouso da paciente no pós-operatório.
Como o procedimento não requer grandes incisões, é comum a mulher se sentir bem fisicamente em poucos dias e achar que pode voltar logo a todas as suas atividades.
Entretanto, na videolaparoscopia, são extraídos tecidos e aderências em órgãos como útero e ovários. Por esse motivo, a ausência de movimentos intensos no início do pós-operatório é fundamental. Isso ajuda na cicatrização correta e, consequentemente, no alcance dos resultados esperados.
A recuperação da videolaparoscopia pode variar de uma semana a 30 dias. Durante esse período, a mulher deve evitar esforços como:
Exercícios físicos
Principalmente os aeróbicos, como corrida e caminhada com ritmo mais intenso, e a musculação. Até mesmo a retomada de práticas mais leves, como alongamentos, deve ser liberada somente depois de revisão médica.
Atividades domésticas
Varrer a casa, carregar objetos pesados e ficar perto de calor, como o do forno e do fogão.
Relações sexuais
O prazo adequado de abstinência vai depender da recuperação da paciente. Ela deve consultar seu médico e informar qualquer desconforto.
Nesse período inicial do pós-operatório, caminhadas curtas e leves, em ambientes favoráveis, sem exposição ao sol ou ao calor excessivo, podem ser benéficas para a eliminação de gases que se acumulam na região abdominal. Também auxiliam na circulação sanguínea, o que é fundamental para a recuperação e o bom funcionamento dos tecidos afetados na cirurgia. A paciente deve pedir orientação médica para a prática dessas atividades.
Os especialistas também alertam as mulheres para a observação dos sinais do próprio corpo. Caso aconteça algo estranho, como um sangramento anormal, o médico deve ser logo avisado.
Fontes: Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva – SBE, Gineco