Endometriose

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Prevenção

A ciência ainda não chegou a uma conclusão sobre como evitar a endometriose. No entanto, ainda que sem garantia de que o problema não aparecerá, é possível apontar algumas medidas preventivas. A primeira delas é manter uma alimentação equilibrada. A fim de evitar substâncias associadas à endometriose, como BPA, dioxina, pesticidas e metais pesados, também é recomendado se afastar ao máximo de áreas com alta concentração de lixo industrial, higienizar com cuidado todos os alimentos e não comer ou beber nada de procedência duvidosa. Além disso, deve-se fugir do estresse, dormir bem, exercitar-se e não fumar.

Diagnóstico

Em muitos casos, o diagnóstico de endometriose é feito clinicamente, a partir do quadro da paciente e do exame ginecológico. No entanto, de modo geral, podem ser necessários exames laboratoriais (sangue, para dosagem do marcador bioquímico CA-125) ou de imagem (sobretudo a ultrassonografia transvaginal especializada e a ressonância magnética da pelve – e, algumas vezes, também do abdome). A laparoscopia, procedimento cirúrgico minimamente invasivo, atualmente é mais usada para tratamento do que para diagnóstico de endometriose.

Causas

As causas exatas da endometriose ainda não são claras, mas estudos levantam algumas possibilidades. As principais são: menstruação retrógrada, crescimento de células embrionárias e sistema imunológico deficiente. Além disso, após alguma cirurgia, como histerectomia ou cesariana, as células do endométrio podem se prender às incisões cirúrgicas, fazendo com que a paciente, anos depois desses procedimentos, apresente um nódulo na cicatriz. Outra possibilidade é o sistema linfático transportar células do endométrio pelo corpo e dar origem a um quadro de endometriose em locais mais distantes, como o umbigo.

Sintomas

Embora também possam estar associados a outros problemas de saúde, os principais sintomas de endometriose são: cólica menstrual forte, dor na relação sexual ou para defecar/urinar, infertilidade e sangramento na urina ou nas fezes. Fadiga, diarreia ou constipação, inchaço e náusea também são condições associadas à doença. Para o correto diagnóstico, é fundamental a visita a um ginecologista.

Mitos

Nem tudo o que se fala sobre endometriose é verdade. Por exemplo, não existe associação da doença com o câncer no ovário, embora a endometriose possa aumentar a chance de desenvolver um cisto pequeno, que pode ou não ser maligno. Outro mito é de “doença silenciosa”, já que os principais sintomas, como cólica menstrual intensa, causam muito incômodo às pacientes. Também não é verídica a afirmação de que mulheres com endometriose nunca mais poderão engravidar. Na maioria das vezes, essa condição consegue ser revertida com tratamento adequado.

Tratamento

Uma vez identificada a doença, o tratamento pode ser realizado com contraceptivos hormonais de uso contínuo, capazes de bloquear o fluxo menstrual e, consequentemente, minimizar as dores típicas do período. Para as mulheres que não responderem bem ao medicamento, bem para aquelas desejem engravidar, é recomendada a videolaparoscopia, procedimento cirúrgico minimamente invasivo. Outra opção, que vem ganhando espaço no Brasil, é a cirurgia robótica. Entre suas vantagens, estão visualização mais precisa (graças às imagens em alta definição e três dimensões) e maior precisão de movimentos, para o médico, e menor tempo de recuperação, para a paciente.

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