Mulheres com endometriose podem apresentar dor pélvica crônica. A dor crônica, por vários mecanismos, incluindo o espasmo e a tensão musculares, pode ocasionar pontos sensíveis e dolorosos nos músculos e/ou nos tecidos moles (chamados de “trigger points”). Esses pontos podem ocorrer em várias partes do corpo e atingir também a musculatura do assoalho pélvico. Esses músculos ficam tensos e contraídos de forma crônica. Essa tensão crônica pode levar ao desconforto na região pélvica, bem como dificuldade para urinar/evacuar e problemas sexuais. O tratamento pode incluir fisioterapia pélvica para fortalecer e alongar os músculos do assoalho pélvico, acupuntura, terapia comportamental para lidar com questões emocionais subjacentes, analgésicos e tratamentos cirúrgicos, caso indicado.
A fisioterapia pélvica é considerada fundamental no tratamento da dor pélvica crônica, pois ajuda a fortalecer e alongar os músculos da região pélvica. O fisioterapeuta pode identificar áreas de hipertonia muscular e desenvolver um tratamento personalizado, incluindo técnicas de massagem e relaxamento. Não é incomum que a portadora de endometriose tenha queixa de dor na relação sexual por conta da tensão da musculatura do assoalho pélvico. A fisioterapia vem mostrando bons resultados no alívio deste tipo de dor e deve ser indicada, sempre que necessária, pelo ginecologista que acompanha as mulheres com endometriose.