Dor no Ombro pode ter a ver com edometriose?

Vamos falar sobre um assunto importante e pouco conhecido: a endometriose no diafragma e a dor no ombro. A endometriose é uma doença comum e nem sempre é compreendida em sua totalidade. 

A endometriose pode atingir o diafragma?

O diafragma é um músculo em forma de cúpula que separa o tórax da cavidade abdominal. Algumas mulheres com endometriose podem apresentar implantes de tecido endometrial nessa região, o que é conhecido como endometriose no diafragma. Não é totalmente conhecido o mecanismo pelo o qual isso acontece, mas a maioria dos estudiosos acredita que seja por implantes oriundos do sangue do refluxo menstrual. Ao deitar-se, o sangue tende a acumular no diafragma direito (por questões anatômicas), acima do fígado. Cerca de 90% dos focos de diafragma estão à direita.
 
Esses implantes podem estar presentes na superfície externa do diafragma ou até mesmo infiltrar o músculo e atingir a pleura (membrana que recobre o pulmão e cavidade torácica.)
A endometriose no diafragma pode causar dor no ombro devido a uma dor reflexa. Quando os implantes de endometriose irritam o diafragma, pode ocorrer uma dor referida, ou seja, a dor é sentida em uma área diferente daquela onde a causa real está localizada. O diafragma tem conexões com nervos que estão em nível do ombro, e essa conexão faz com que a dor se manifeste também nesta região. É importante lembrar que existem várias causas de dor no ombro (incluído problemas articulares), mas se você tem endometriose e sente dor no ombro, é crucial que converse com seu médico para investigar a possibilidade de endometriose no diafragma ( a dor tende a piorar no período menstrual). Algumas mulheres podem também sentir dor nas costelas (mais à direita) e quadro de ar na pleura (pneumotórax), que pode necessitar drenagem de tórax.

A endometriose no diafragma é uma condição séria, mas é frequentemente subdiagnosticada, pois seus sintomas podem ser confundidos com outras condições, como problemas respiratórios ou musculares. O diagnóstico mais preciso pode ser feito com ressonância magnética especializada. O tratamento pode envolver terapias hormonais, medicamentos para alívio da dor e, em situações mais graves, cirurgia.
 
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