Endometriose e adenomiose não são a mesma coisa. Apesar de terem algumas coisas em comum, na prática existem grandes diferenças.
A endometriose, por definição, ocorre FORA do útero. É a presença do endométrio, tecido que normalmente recobre a cavidade uterina, fora do útero propriamente dito.
Na ADENOMIOSE , o endométrio penetra no músculo do útero e causa uma reação inflamatória nesse local. O endométrio, assim como na endometriose, está fora do seu local habitual, porém na adenomiose o foco está no próprio útero (no interior do músculo) e não fora dele.
Ocorre mais frequentemente após os 35 anos de idade e a mulher se queixa de muito fluxo menstrual e cólicas. Pode dificultar a gravidez também, especialmente dificultando a implantação do embrião.
O diagnóstico da adenomiose pode ser feito pela ultrassonografia ou pela ressonância magnética.
O tratamento hormonal funciona apenas parcialmente – com o uso do DIU que libera hormônio (Mirena) e com os agonistas do GnRH (como o Zoladex ).
O tratamento cirúrgico conservador (sem a retirada do útero) vem sendo realizado com sucesso, especialmente com o uso da cirurgia robótica. A cirurgia é bem indicada nos casos extensos de adenomiose e que não tiveram sucesso com o tratamento hormonal. Pode aumentar a chance de gravidez naquelas que não conseguem naturalmente (abortamento de repetição) ou mesmo após tentativas de reprodução assistida.
Nas pacientes que não querem mais engravidar, a histerectomia (retirada do útero) resolve definitivamente o problema. A histerectomia deve ser feita de forma mais minimamente invasiva, como a via vaginal, videolaparoscópica ou robótica (essas últimas duas são melhores quando existe também a existência da endometriose – muito comum em quem tem adenomiose).