A prevenção da endometriose é um tema complexo e a ciência ainda não chegou a uma conclusão definitiva sobre como evitá-la. No entanto, à medida que são descobertos os fatores desencadeantes da doença, algumas medidas preventivas podem ser adotadas. Embora não garantam que a endometriose não irá se desenvolver, certamente trarão benefícios para a saúde.

Uma das medidas preventivas é adotar uma dieta equilibrada. Um estudo realizado em 2018 pela Universidade de Oxford e publicado na revista Human Reproduction analisou mais de 70 mil mulheres e constatou que aquelas que consumiam pelo menos uma porção de frutas cítricas por dia tinham 22% menos chances de desenvolver endometriose em comparação com aquelas que consumiam menos de uma vez por semana.

Além disso, apesar de ainda não terem sido verificadas evidências robustas, é recomendado incluir na dieta alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, atum, salmão, castanhas e amêndoas. Evitar o consumo de adoçantes, com exceção da estévia, e reduzir o consumo de açúcares e farinhas brancas também são orientações importantes. O consumo de hortaliças, carnes magras, ovos, queijo cottage, azeite de oliva, feijões também é benéfico, pois esses alimentos têm propriedades anti-inflamatórias.

É importante substituir óleos hidrogenados, sal refinado comum e temperos prontos por opções mais saudáveis. Essas medidas podem ajudar a reduzir a resposta inflamatória no organismo, o que pode ser benéfico para a mulher portadora de endometriose.

No entanto, é fundamental destacar que a endometriose é uma condição complexa e multifatorial, e cada caso é único. É possível que, em relação à endometriose, o efeito da boa alimentação seja maior nas mulheres que a adotam ainda em idade jovem. Quando a endometriose já é profunda e muito extensa é possível que o benefício da alimentação seja menor e a mulher depende mais do controle hormonal e tratamento cirúrgico.